Alergia a picada de mosquito

As picadas de mosquito são comuns, especialmente no Brasil. No entanto, quando provocam reações intensas — como inchaço exagerado, bolhas ou até febre — pode ser sinal de alergia à saliva do mosquito, uma condição que vai além do incômodo passageiro. Em alguns casos, pode até levar a infecções graves.

O que é a alergia à picada de mosquito?

Trata-se de uma resposta imunológica exagerada ao contato com as proteínas presentes na saliva do mosquito, injetada durante a picada. Como resultado, essa reação pode provocar:

  • Inchaço intenso e prolongado
  • Coceira forte e lesão na pele
  • Formação de bolhas ou feridas
  • Risco de infecção secundária

Além disso, pessoas com histórico de doenças alérgicas costumam apresentar maior sensibilidade às picadas. Portanto, é importante observar os sinais e buscar orientação médica quando necessário.

Celulite cutânea: uma complicação perigosa

A coceira e as lesões na pele causadas pela alergia a picada de mosquito podem abrir portas para bactérias como Streptococcus e Staphylococcus. Isso pode levar à celulite cutânea, uma infecção grave que precisa de antibióticos e, muitas vezes, internação.

Sinais de alerta:

  • Aumento da vermelhidão
  • Calor local e dor intensa
  • Febre e mal-estar

Portanto, é essencial buscar atendimento médico ao perceber esses sinais. Caso contrário, a infecção pode se espalhar e se tornar ainda mais perigosa.

Imunoterapia: o tratamento definitivo

A Imunoterapia alérgeno-específica é o principal tratamento para alergia a picadas. Ela atua dessensibilizando o sistema imune com aplicações regulares de extratos do alérgeno.

Benefícios:

  • Reduz ou elimina as reações alérgicas
  • Previne infecções e melhora a qualidade de vida
  • Tratamento duradouro, com eficácia comprovada

Além disso, é indicado por um alergista após avaliação detalhada. Os resultados começam a aparecer nos primeiros meses. Com o tempo, o efeito completo é alcançado entre 3 a 5 anos de tratamento.

Como prevenir as picadas de mosquito

A prevenção é fundamental no controle das reações alérgicas. Por isso, confira algumas medidas eficazes:

Repelentes eficazes:

  • Icaridina: segura para adultos e crianças, proteção prolongada
  • DEET (até 30%): eficaz em áreas tropicais
  • Citronela: alternativa natural, porém menos duradoura

Roupas protetoras: evite exposição de braços e pernas
Mosquiteiros e telas: ideais para dormir e proteger o ambiente
Controle de criadouros: elimine água parada, evitando a proliferação dos mosquitos
Evite horários de maior atividade dos mosquitos: amanhecer e entardecer

Além disso, vale lembrar que manter o ambiente limpo e arejado contribui para afastar os mosquitos. Da mesma forma, ao viajar para áreas endêmicas, redobre os cuidados com a proteção.

Perguntas Frequentes

1. A imunoterapia é segura?
Sim, feita com supervisão médica e protocolos padronizados.

2. Crianças podem fazer o tratamento?
Sim, geralmente a partir dos 2 anos.

3. Quanto tempo leva?
De 3 a 5 anos, com melhora progressiva.

4. Como sei se minha reação é alérgica?
Se for muito mais intensa ou duradoura que o normal, pode ser alergia. Nesse caso, o ideal é procurar um alergista para diagnóstico preciso.

5. Celulite cutânea é perigosa?
Sim. É uma infecção séria e precisa de antibióticos. Procure um médico assim que notar os primeiros sinais.

Referências bibliográficas:
ASBAI – Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia
Categories: Alergias de pele

by Dra. Laira Vidal

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