Asma

O que é Asma?

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Ela dificulta a respiração e provoca sintomas como falta de ar, chiado no peito, sensação de aperto torácico e tosse, especialmente à noite ou após esforço físico. À medida que a inflamação se mantém, os brônquios ficam mais estreitos, tornando a respiração progressivamente difícil.

Cerca de 10% da população brasileira é afetada pela asma. A gravidade dos sintomas pode variar bastante. Em alguns casos, o desconforto é leve e esporádico. Em outros, as crises se tornam severas e até fatais, especialmente quando o tratamento não é realizado corretamente. Por isso, o acompanhamento contínuo é fundamental para evitar complicações.

Causas da Asma

A origem da asma envolve múltiplos fatores. De forma geral, a interação entre predisposição genética e fatores ambientais está por trás do seu desenvolvimento. Pessoas com histórico familiar de asma, rinite ou outras doenças alérgicas apresentam risco mais elevado. Além disso, diversos estímulos externos agravam ainda mais a inflamação nas vias aéreas.

Entre os principais gatilhos estão:

  • Alérgenos, como ácaros, pólens, mofo e pelos de animais;

  • Infecções virais respiratórias, principalmente durante a infância;

  • Poluição do ar e exposição à fumaça de cigarro;

  • Mudanças bruscas de temperatura, como o ar frio e seco;

  • Atividades físicas intensas em ambientes frios ou com ar seco.

Fatores de Risco Associados

Além dos gatilhos diretos, alguns fatores contribuem para o agravamento dos sintomas ou dificultam o controle da doença. Dessa forma, conhecer e controlar esses elementos é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida.

  • Obesidade: a inflamação sistêmica causada pelo excesso de peso prejudica o funcionamento dos pulmões. Além disso, o sobrepeso limita a atividade física;

  • Tabagismo: o contato com a fumaça reduz a eficácia do tratamento e agride as vias aéreas. Portanto, é importante interromper o hábito;

  • Refluxo gastroesofágico (DRGE): o ácido estomacal pode atingir os brônquios e desencadear crises, sobretudo à noite;

  • Transtornos mentais: ansiedade e depressão influenciam negativamente a adesão ao tratamento e o controle da doença.

Diagnóstico

O diagnóstico da asma envolve a análise clínica dos sintomas e da história do paciente. No entanto, exames complementares são importantes para confirmar o quadro e avaliar o grau de comprometimento da função pulmonar. Além disso, a identificação de fatores alérgicos auxilia no planejamento do tratamento.

Testes Alérgicos

Os testes servem para descobrir substâncias que provocam reações alérgicas e pioram os sintomas. Eles podem ser feitos na pele ou por exame de sangue. Ao identificar os alérgenos, é possível orientar o paciente a evitá-los. Isso, por sua vez, reduz a frequência das crises.

Espirometria

A espirometria mede o volume e a velocidade do ar nos pulmões. Dessa maneira, o médico consegue avaliar a capacidade respiratória e verificar se há obstrução nas vias aéreas. Esse exame é indispensável tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento da asma. Por consequência, seu uso é rotineiro em consultórios de pneumologistas e alergistas.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento da asma é controlar os sintomas, prevenir crises e proteger a função pulmonar ao longo do tempo. Portanto, o plano terapêutico deve ser contínuo, individualizado e ajustado conforme a evolução do paciente.

Medicamentos Controladores e de Alívio

  • Os broncodilatadores de ação rápida aliviam os sintomas imediatamente durante crises agudas;

  • Os corticosteroides inalados combatem a inflamação crônica e reduzem a chance de novas crises.

Esses medicamentos são altamente eficazes e apresentam um perfil de segurança excelente. Além disso, o uso correto dos inaladores ajuda a evitar hospitalizações e melhora a qualidade de vida dos pacientes.

Imunoterapia

Em casos de asma com componente alérgico, a imunoterapia pode ser indicada. Esse tratamento, conhecido como “vacina de alergia”, consiste na exposição progressiva e controlada ao alérgeno causador dos sintomas. Como resultado, o organismo passa a reagir menos, e o paciente consegue reduzir o uso de medicamentos ao longo do tempo.

Imunobiológicos para Asma Grave

Para pacientes com asma grave e difícil controle, os imunobiológicos representam uma opção moderna e eficaz. Esses medicamentos atuam em pontos específicos da inflamação, bloqueando moléculas-chave envolvidas na resposta asmática. Consequentemente, reduzem o número de crises e melhoram a função pulmonar. Ainda assim, sua indicação deve ser cuidadosamente avaliada por um especialista.

Diretrizes GINA e Estratificação da Gravidade

O GINA (Global Initiative for Asthma) é uma iniciativa internacional que define protocolos atualizados para o diagnóstico e tratamento da asma. De acordo com suas diretrizes, o tratamento deve ser escalonado em cinco etapas, conforme a gravidade da doença e o nível de controle dos sintomas.

Um dos princípios mais importantes do GINA é evitar o uso isolado de broncodilatadores de curta duração. Em contrapartida, recomenda-se o uso de corticosteroides inalados desde as fases mais leves da asma, com o objetivo de reduzir o risco de crises graves.

Além disso, o GINA orienta que o acompanhamento da asma deve incluir:

  • Educação do paciente sobre sua doença;

  • Monitoramento regular da função pulmonar;

  • Controle de fatores agravantes como obesidade, fumo e problemas emocionais.

Como Saber se Meu Filho Tem Asma?

Quando uma criança apresenta tosse frequente — especialmente à noite ou após atividade física —, chiado no peito, cansaço excessivo ou respiração acelerada, é importante ficar atento. Esses sintomas sugerem a possibilidade de asma, especialmente se ocorrem de forma repetida.

Nesses casos, o ideal é procurar um alergista ou pneumologista. O diagnóstico pode ser confirmado com exames como a espirometria e testes alérgicos. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor será o controle da doença e o desenvolvimento da criança. Portanto, não espere uma crise grave para buscar ajuda.

Perguntas Frequentes

1. A asma tem cura?
Não. Contudo, com o tratamento adequado, é possível manter os sintomas sob controle e levar uma vida ativa.

2. Crianças com asma podem praticar esportes?
Sim. Desde que a doença esteja controlada, o exercício físico é benéfico e até recomendado.

3. Usar a bombinha todos os dias faz mal?
Não. Pelo contrário, o uso regular conforme prescrito evita complicações e melhora o controle da doença.

4. Como diferenciar asma de bronquite?
A asma é uma condição crônica, geralmente de causa alérgica. Já a bronquite costuma ser passageira e provocada por infecções virais.

5. A asma pode piorar com o tempo?
Sim. Se não for tratada corretamente, a função pulmonar pode ser comprometida de forma irreversível. Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas e manter o acompanhamento contínuo.

Referências bibliográficas:
ASBAI – Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia

O que é Asma?

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Ela dificulta a respiração e provoca sintomas como falta de ar, chiado no peito, sensação de aperto torácico e tosse, especialmente à noite ou após esforço físico. À medida que a inflamação se mantém, os brônquios ficam mais estreitos, tornando a respiração progressivamente difícil.

Cerca de 10% da população brasileira é afetada pela asma. A gravidade dos sintomas pode variar bastante. Em alguns casos, o desconforto é leve e esporádico. Em outros, as crises se tornam severas e até fatais, especialmente quando o tratamento não é realizado corretamente. Por isso, o acompanhamento contínuo é fundamental para evitar complicações.

Causas da Asma

A origem da asma envolve múltiplos fatores. De forma geral, a interação entre predisposição genética e fatores ambientais está por trás do seu desenvolvimento. Pessoas com histórico familiar de asma, rinite ou outras doenças alérgicas apresentam risco mais elevado. Além disso, diversos estímulos externos agravam ainda mais a inflamação nas vias aéreas.

Entre os principais gatilhos estão:

  • Alérgenos, como ácaros, pólens, mofo e pelos de animais;

  • Infecções virais respiratórias, principalmente durante a infância;

  • Poluição do ar e exposição à fumaça de cigarro;

  • Mudanças bruscas de temperatura, como o ar frio e seco;

  • Atividades físicas intensas em ambientes frios ou com ar seco.

Fatores de Risco Associados

Além dos gatilhos diretos, alguns fatores contribuem para o agravamento dos sintomas ou dificultam o controle da doença. Dessa forma, conhecer e controlar esses elementos é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida.

  • Obesidade: a inflamação sistêmica causada pelo excesso de peso prejudica o funcionamento dos pulmões. Além disso, o sobrepeso limita a atividade física;

  • Tabagismo: o contato com a fumaça reduz a eficácia do tratamento e agride as vias aéreas. Portanto, é importante interromper o hábito;

  • Refluxo gastroesofágico (DRGE): o ácido estomacal pode atingir os brônquios e desencadear crises, sobretudo à noite;

  • Transtornos mentais: ansiedade e depressão influenciam negativamente a adesão ao tratamento e o controle da doença.

Diagnóstico

O diagnóstico da asma envolve a análise clínica dos sintomas e da história do paciente. No entanto, exames complementares são importantes para confirmar o quadro e avaliar o grau de comprometimento da função pulmonar. Além disso, a identificação de fatores alérgicos auxilia no planejamento do tratamento.

Testes Alérgicos

Os testes servem para descobrir substâncias que provocam reações alérgicas e pioram os sintomas. Eles podem ser feitos na pele ou por exame de sangue. Ao identificar os alérgenos, é possível orientar o paciente a evitá-los. Isso, por sua vez, reduz a frequência das crises.

Espirometria

A espirometria mede o volume e a velocidade do ar nos pulmões. Dessa maneira, o médico consegue avaliar a capacidade respiratória e verificar se há obstrução nas vias aéreas. Esse exame é indispensável tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento da asma. Por consequência, seu uso é rotineiro em consultórios de pneumologistas e alergistas.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento da asma é controlar os sintomas, prevenir crises e proteger a função pulmonar ao longo do tempo. Portanto, o plano terapêutico deve ser contínuo, individualizado e ajustado conforme a evolução do paciente.

Medicamentos Controladores e de Alívio

  • Os broncodilatadores de ação rápida aliviam os sintomas imediatamente durante crises agudas;

  • Os corticosteroides inalados combatem a inflamação crônica e reduzem a chance de novas crises.

Esses medicamentos são altamente eficazes e apresentam um perfil de segurança excelente. Além disso, o uso correto dos inaladores ajuda a evitar hospitalizações e melhora a qualidade de vida dos pacientes.

Imunoterapia

Em casos de asma com componente alérgico, a imunoterapia pode ser indicada. Esse tratamento, conhecido como “vacina de alergia”, consiste na exposição progressiva e controlada ao alérgeno causador dos sintomas. Como resultado, o organismo passa a reagir menos, e o paciente consegue reduzir o uso de medicamentos ao longo do tempo.

Imunobiológicos para Asma Grave

Para pacientes com asma grave e difícil controle, os imunobiológicos representam uma opção moderna e eficaz. Esses medicamentos atuam em pontos específicos da inflamação, bloqueando moléculas-chave envolvidas na resposta asmática. Consequentemente, reduzem o número de crises e melhoram a função pulmonar. Ainda assim, sua indicação deve ser cuidadosamente avaliada por um especialista.

Diretrizes GINA e Estratificação da Gravidade

O GINA (Global Initiative for Asthma) é uma iniciativa internacional que define protocolos atualizados para o diagnóstico e tratamento da asma. De acordo com suas diretrizes, o tratamento deve ser escalonado em cinco etapas, conforme a gravidade da doença e o nível de controle dos sintomas.

Um dos princípios mais importantes do GINA é evitar o uso isolado de broncodilatadores de curta duração. Em contrapartida, recomenda-se o uso de corticosteroides inalados desde as fases mais leves da asma, com o objetivo de reduzir o risco de crises graves.

Além disso, o GINA orienta que o acompanhamento da asma deve incluir:

  • Educação do paciente sobre sua doença;

  • Monitoramento regular da função pulmonar;

  • Controle de fatores agravantes como obesidade, fumo e problemas emocionais.

Como Saber se Meu Filho Tem Asma?

Quando uma criança apresenta tosse frequente — especialmente à noite ou após atividade física —, chiado no peito, cansaço excessivo ou respiração acelerada, é importante ficar atento. Esses sintomas sugerem a possibilidade de asma, especialmente se ocorrem de forma repetida.

Nesses casos, o ideal é procurar um alergista ou pneumologista. O diagnóstico pode ser confirmado com exames como a espirometria e testes alérgicos. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor será o controle da doença e o desenvolvimento da criança. Portanto, não espere uma crise grave para buscar ajuda.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. A asma tem cura?
Não. Contudo, com o tratamento adequado, é possível manter os sintomas sob controle e levar uma vida ativa.

2. Crianças com asma podem praticar esportes?
Sim. Desde que a doença esteja controlada, o exercício físico é benéfico e até recomendado.

3. Usar a bombinha todos os dias faz mal?
Não. Pelo contrário, o uso regular conforme prescrito evita complicações e melhora o controle da doença.

4. Como diferenciar asma de bronquite?
A asma é uma condição crônica, geralmente de causa alérgica. Já a bronquite costuma ser passageira e provocada por infecções virais.

5. A asma pode piorar com o tempo?
Sim. Se não for tratada corretamente, a função pulmonar pode ser comprometida de forma irreversível. Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas e manter o acompanhamento contínuo.

Referências bibliográficas:
ASBAI – Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia

by Dra. Laira Vidal

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